Bastião

Comunicado estou. Ela já partiu. Está em outro. Eu é que continuo a tentar pensar como poeta. Profundo no sublime momento de falar, dizer-me, contar e vomitar. É meu. Tudo. Subir ao monte e deitar. Mergulhar, era. Deitar e sentir que, acima, virá algo pesado a sobrepujar, compactar ao solo, ao real, irreal, passagens e passagens. Gosto de mim e me preciso vivo, por isto estou presentindo, que, vivo valho o valor do daqui a pouco, logo ali, na segunda em diante. Pedir ao poço que repita a operação, será pedir demais? Olhar o deserto sem saber se falta pouco, me falta muito. Ainda. Mas a faina, entediada, me chama de volta. Cheio estou no vão entre as pernas e basta-me que me sente e descanse de todo, de tolos, de ouros e brincos que não serão meus. Basta. Basta isto e serei. Eu, meu último bastião.

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