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Mostrando postagens de julho, 2009

penha

Guardar o resto dos verbos para que seja entregar, em mãos. Às tuas, sou teu. Em olhar-te nos teus grandes, encimados por duas negras curvas, chamam-me. Entregue-me ao riso, os teus, que fazem os meus. Derramo-me à sua frente, agacho-me, beijo-te os lábios. Tu sabes a sede, aonde será minha coberta, o cruzar das pernas, a coluna que não suporta o corpo, mas a ti. sim! Mente, mente... ah! a mente... Diga-me se a verdade desce a penha, à segurar pelos dedos a vontade do voluntário para o amar. Sustenta-me na palma de tua palavra, a não dita. Sigo-te por entre ti, volteio ao seu redor, encontro-me por buscar-me com tão grande entrega. Sou preso em ser liberto para te admirar. Guardo ainda o verbo encontrar.

observada

nonsense surreal surpreendente sensacional genial geniosa? e ainda desfila pelada na minha sala!

*quiz. é um quiz!

oculta a culta menina vernacular. aprendendo amor amor? desilude compreende. questionamento em todo momento. poetisa musa. moça esboçada sorriso. universal religação baixo louva doze sons em outro. instrumento de inspiração em fases postais.

li!

é.... que.... bem... err... olha.... sabe... eu.... você não... mas... bem... aqui... então... olha... hum... oi?

Crisálida

Aonde ir sem encontrar papéis virtuosamente solitários? Gostosos de se tocar como seda, seda que me avermelhe as mãos. Como se a vergonha fosse somente minha ao tocar fora dela. E mesmo ainda sob ela, eu sinta, ela. E que ela me sinta. Aos trinta, quarenta; ao descanso irei, terei todo tempo para olhar e ver o olhar coberto pelo verde. Espantosa maneira de me olhar. E eu serei quedado ao me sentir vertical, onde as pernas tremem e não caio. Pronto para morrer nas alegrias corporais expressas, conduzidas por palavras também, audíveis apenas também após sessenta dias. Pelos mortos cansados de esperar. Crisálida muda o mar e se envolta ao nele se voltear..

envolto

Às vezes, sangue. Muitas vezes, água. E, estes, esvaem, deságuam e desandam sem parar. E tomam os caminhos abertos, que em curvas parecem que não vão. Mas nunca ficam parados, transbordariam no seu incessante. E nas bordas, sangue e aguaceiro, convertem palavras em amor. Em amor de rio cheio, vida, verbo de ser. Ver desde a margem é paixão fulminante. É chamada para mergulhar. E levando consigo, para sempre, o que já não é meu, congela o sorriso na felicidade.

entretantos

Se pudéssemos além, e não apenas o dizer-nos? Enchermo-nos de zelos, se pudéssemos, em nossos termos, ter-nos. Ser o tanto, tanto que fosse, sem o entretanto.

frases

faço frases, não mais que quatro, que não anoto. várias... uma depois da outra... não acho desperdício não anotá-las..... procuro algo perfeito pra te falar.

posso?

Suspiro calada, sonhando acordada enquanto não durmo. Durmo sonhando para acordar suspirando enquanto tento calar. Calo enquanto tento falar o quanto te amo. Te amo para falar o tanto que não posso. Não posso te amar calada enquanto tento falar que não posso... Posso não falar o quanto te amo enquanto tento pensar. Penso em calar enquanto... sei que não deixo de te amar. Mas enquanto te amo te falo, o tanto. (de uma mulher, para um homem - lógico!)

álcool combustível

andei. ri. voltei. pra te buscar. mais.

pior?

que será pior será sonhar será não ter ser o outro sem ser será sonhar o pior saber não ter

como você?

beijo-te novamente à beira da janela, em seu quarto. amo-te loucamente no fio da linha, aqui e ali. foi quando tive seu corpo entre o meu, o meu no seu espaço. encosto-me em seus seios em breve, brevemente espero. minha, quero mansamente suas mãos, em mim, seu. troco suores solitários, pelos seus solidários aos meus. andei em volta de suas palavras, escolhi segui-las. e agora eu sinto, muito.

*sacrificado dia

tem um pedaço de mim que é sacrifício. oitava parte, de dez oitavos, entrego à carnificina do diário. o que sobra jogam pedras em cima. me fazem um altar. sou santo, separado para vagar, sem esbarrar as asas, entre as cortinas que abaixam. pois, da altura, deus me olha esperando eu voltar-me. a face escondida de vergonha. ainda dá tempo de voltar?

2 dias

se houvesse um cheiro compartilhado, poderia buscá-lo aqui próximo. há aquelas palavras rodeando que não se juntam. sétimo, quase todo dia esperando, o seguinte. primeiro, quase inteiro, nas últimas horas impossíveis. se há algo por dizer, digo hoje. venha buscar-me.

*tempo

prefiro assim. seguindo sozinho corro riscos maiores. nem tenho que olhar pra trás.

fome

Eu tenho isto em mim. Esta coisa inexplicável. Um sentimento que vem e vai. Às vezes sinto como se o passado não fosse possível ter vivido. A saudade é tão grande, tão forte a força com que vem, que literalmente o coração para. Às vezes o querer é demais. É querer uma tarde calorenta, suor de sexo, de paixão , de não querer saber se outro dia vem. Ou se outra tarde se foi. Tardes silenciosas com olhares cúmplices com motivos iguais em tudo. Fome.

verde

verdes. e ainda, verdes. ver-te verte paixão. verde, maduro, duro. dura.