fim

Quero pintar os muros,
abrir portões em seus tijolos escuros,
arrancar a grama do meu jardim,
tomar a chuva que hoje cai sem fim.
Quero subir morros com barro escorrendo em enxurrada,
quero lago transbordando e levando meus pertences,
quero que me cegue a manhã coberta de névoa fria.
Hoje em mim eu não quero nada,
quero ser nada,
quero não pensar e nem escrever.
Quero não querer,
não lembrar e nem ser.
Quero seu pensamento voando e sentindo livre queda,
ao vento,
descendo,
colhendo sua resposta,
sua melhora,
seu destino e desejo.

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