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Mostrando postagens de abril, 2009

em tudo, um pouco

cortou o cabelo... nova maquiagem trocou o carro pintou as paredes renovou os móveis encapou os livros escutou as músicas degelou a geladeira colocou novo lençol lavou os talheres regou as plantas comeu e bebeu falou no msn olhou para o céu tudo havia mudado

ingrata

duas noites passei aqui dentro de suas pernas por suas coxas escorri meus culhões amassou minha boca em cima sua boca em baixo e dizes que não estive em ti?

disléxica

quero uma esteira busco uma cadeira busco a coisa inteira pra viver aqui. dá-me sua orelha não me dá rasteira pata de coelho a viúva chora. quero ser criança e fazer lambança tapa na orelha pra me curar balanço. solitário errante passeio pela serra pedalada na lagoa sem olhar magoa. pego na estante deito no seu prado sufocante aldeia saio pois venci. minha dor volteia faz mirabolante parte desiludida escrevo o que perdi.

descolorido esperando a lua

como irreal é a busca em um ponto de norte a sul, leste a oeste. por cima ou debaixo da coberta não encontro tanto sossego, coberto estou de sonhos. acordado. sem acordo vi olhos e chinelos indo e deixando tudo sem saída, eterno, estrada comprida, fila sem fim. desalento. preguiça. aceite por ódio, matança, desfiliação, mas sem compreensão, sem entendimento, sem trocados de palavras, sem discusão, nem dircurso curto, sobreviver apenas por bobo. aliás por enganar o ser, escrevendo, lendo, comentando as mesmas dores, do pisão no rabo sem ponta. exterminar o sentimento, sentindo tudo, caroço na mão, dor no cotovelo, apoio de cabeça pesada e mais motivos. ai! não querer dor é fácil. tê-la mais ainda. sempre tem alguém que me dá uma dica!

saudade

hoje a lua cresceu em mim a saudade crescente do tamanho do céu

tâtonner

réunion. testaments. là-bas? besoins. l'égalité. rechercher. être?

estou

frio, frio congela o sentimento, na lembrança, de ter um momento, feliz, observando o movimento, de querer tudo de uma vez só. ana, obrigado por me lembrar.

dialógicos 1

- dá? - não dou! - dou? - dá!

certeza, apenas hoje

me baste. por tantas horas de um único dia. não lembrarei de ontem. não quero o amanhã. sou seu. apenas hoje. te basto? este texto é um comment feito no blog da talita

enfim

ontem eu beijei sua boca. foi um sonho!

brincando

diria em teus olhos se o olhar estivesse tão perto teus dedos estão no meu espaço toque-me com palavras surreais rápido que esta fase passa.

nem eu

oferta na feira da vida, ela não vira, não olha, não aceita. é muito barulho, vozes iguais, roucas, agudas, enlouquecidas palavras. ritmo igual para todos os saídos de universidades, internatos rurais, escolas dominicais. onde dividir a escolha, o caminho, as pessoas, diferenciar o que é meu ou do outro. oração, reza, zen, medito, penso, filosofo. filósofos, pastores, padres, mestres, quem são os indicadores perguntam todos. onde? qual o caminho seguir? qual sacrifício? nenhum? por quem? a face dos irmãos são parecidas demais. tornam-se mais comuns que os outros. esta pele nórdica, estes olhos, céus! este texto perdido, lembrando-me, por onde fui?

ainda

os olhos em minhas costas, imaginação, levaram-me a escrever trezentas cartas, duas poesias, quatro contos curtos. onde conto o gasto do tempo; dezesseis horas no máximo e no mínimo, o choro compulsivo e obsessivo por alguém que queria a mão na nuca, o agachado ao lado. era pouco. mas era o muito que queria, fazia o sentido parecer ser todo o sentido da vida, naquele momento. era. pelos olhos, pela vontade, que pensava ser igual, que foram vistos juntos em bares, em vales, serras, cachoeiras. em camas nunca. não houve tempo, o chão via as roupas e as paredes e móveis receberiam os corpos. e as janelas? fechadas, cortinas abertas; para o ar não entrar, os cheiros não saírem e os olhos, de alguns, verem: o único momento que eram tudo, todos, o mundo, a vida. sair e ter uma vida normal, depois de serem o mesmo ser, parece simples demais. mundano demais. tem que ser diferente. então abro os olhos. imaginar-te é ainda uma vergonha, uma tristeza de amanhã, já hoje. desde ontem. deve-se ao so

dez

compromisso escrito e assinado com observadores às costas, e paletós à frente. em papéis grandes e grossos. depois virá a grossura das respostas à perguntas imbecis. muchochos de semanas. trepadeira arrancada e perna cruzada. reservas de mercado enquanto compra mercado. plantas desaparecidas para sempre pela sequidão afora. peso ao carregar pequenas e pequenos mineradores. vida passando, idiotamente levada por ela. estalo. barulho. nada. doer é sina para o levantar lá na frente. adquirido tempo para quem não tiver tempo.

ilógica ilusão (poesia de maria)

A ilógica ilusão de se iludir com as palavras que são ilógicas que nos iludem a cada manhã... http://maricontando.blogspot.com/

beija espelho

não me assusto com o que encontro, da primeira vez que me vejo, quando me olho no espelho e encaro o que está em minha alma. é tudo tão novo, apesar de existirem, algumas coisas há tempos, é tudo tão interessante, que amenizo o susto e às vezes até o medo do que encontro, com a curiosidade de ser igual a todos, um pouco em mim. (este texto é um comentário feito em um post do blog http://codinomebeija-flor-esfinge.blogspot.com/ )

sow, sow

pode ser por aqui que despeje tudo que sinta tudo que se há. pode ser que seja que se esteja apenas. mas tem sido tanto que agora espero. pode uma palavra pode ser rimada pode nem ter travessão. pode ter certeza pode. pode ser incerta pode saudade ansiosa. pode ser que seja duas cores apenas e uma pena.

pelo visto

- seu vista trava? - oi? - net, o meu... mas, o seu trava ou não? - o teclado? - não. o vista. - oi?

escrito

- como assim? - não posso! - eu não acredito... - ... - mas, e eu? - eu avisei antes! - mas o que eu faço? - não posso fazer nada! - como assim? - você está confundindo, sei lá! - pode ser, mas explicar não resolve... - eu não posso fazer nada! - o que eu faço? esqueço, jogo fora? - esquece, sei lá! - como? - eu não sei. você só fala disto! - eu não entendo. por isto. - muda de assunto! - eu? mudo

duas vezes

... - alô? - alô? escuta eu não agüento mais... - ... - eu amo você!

fontes

apertado em imensos lugares largos, mergulho em águas doces passadas, lua voltada para o direito reescrito de meigamente deitado e cuidado por palmas abertas sobre cabeça. guarda de palavras discricionárias do ser surpreendente com tempos vindos agora e de porvir. lembretes desdobrados pelos gelos contidos nos ventos trazidos, traduzindo o passado despercebido com étereos motivos de serem novamente vividos. mostra testa. lenço solto. ave noturna em beira de rio da memória resgate. espaço ocupado. todo. toda.

desgosto?

gaia, se onde ando, andas, confessa. fraquejo, vejo palavras, cismo o sentido, do verso.

escrevo

não voou onde desejas não vou até ao que queria. ínsito no ir no contar. cheguei à beira da gare e embora ainda atravesse dormentes minha parada é final. escrevo mas penso em não.

páscoa

alô? todos sabem o que é Páscoa? nãããão!!!!????? Páscoa quer dizer passagem. quando veio uma das pragas sobre o povo egípcio, que não queria libertar o povo judeu da escravidão, para que não pagasse o bom pelo mau, foi colocada uma marca nas portas das casas de modo a diferenciar quem era judeu e quem era egípcio. assim quando a praga passou dizimando os filhos primogênitos, esta marca livros os judeus de serem atingidos. é isto. passagem então é páscoa para lembrar este momento de livramento. depois, bem mais tarde, esta marca vira uma imagem de Jesus como o responsável por ser esta marca sobre a vida das pessoas. do que esta marca livra já é outros posts. e aí? é isto?

à maneira paradoXal

veloz... o pensamento e mais rápida a decisão do contorno final da letra. quando assentei o assunto que estava aqui saiu correndo para receber a dívida não paga em outras plagas, pragas não me pegam descoberto pelo Santo. Falando agora de tudo que sempre falo eu digo que o perigo era o encontrão no meio e o seu seio à mão. aparecendo parecido com me pega e suga mas não agora. apenas com os olhos que seu toque mais forte é o amor que tem por mim. você diria e riria cá pois dito pela dita nem creio. esta verdade dita nunca foi dita por sua boca bonita. nem preciso de concordar com o final para parecer ritmado. o cadeado aberto pela chave verde de olhos tão fugidios me liberta de contar sílabas ou estrofes mal dormidas companheiras desta vontade de te ter minha querida.

ou fora de área

porque você não pisca para mim? esta sua pasmaceira, sabe o quê indica? porque o tuuuu....tuuuu....tuuuu não acaba em alô?

abulo

perder as esteiras na volta da praia. quando atravessa a avenida é que gritaram para que voltasse para pegá-las. é a volta que o desanimou. não quer voltar! não deseja ver o corpo quase, ou totalmente nu. não suporta que o espere, deitada pela autoria da sua estória. a força não está com ele. está no lado escuro do quarto.

sim amar, sim!

Quero escrever, Não palavras! Quero ouvir, Não falar! Quero gritar, Não voz! Quero amar, Sim amar!

viver o tempo

chegara quase vivo. era quase inteira sua certeza de amá-la. tempo. era bom que existisse tanto espaço, tantas palavras. consolos, é o que eram. os sentimentos se não eram novos, se não controlados, eram todos humanos demais. sublimes demais. mesmo a tristonha certeza, era capaz de apagar a falta de razão de viver. afinal viver, era paixão, desencontros, incompreendidas suspeitas de amor, diferenças de matérias mortais. agora o sono, era pedido que vinha mais cedo e dormir ajudava. sonho? não tinha, era sintoma de esquizofrenia, que sabia ter herdado. ou adquirido enquanto vivia se apaixonando por todas que eram como ele. daqueles tipos que ouvem o outro chamar o nome.

ego 1

e o ego engole o gole do que é logo; qual o logo de quem não tem ego?

ô trem!

sonho, aliás penso, que, desde fora, tens ficado por dentro de como estou. depois de ter-me lançado pra fora de seu carrinho. dê mãos aqui e alongue o seu tempo, encurtando o meu de espera.

tá?

você me vem pela rede, vi as letras de sua terra. quer sentir onde estou? vivi n'água, energia gastei. sim! eu sei. respiro fácil. hoje, suspiro... será?

ais para seu ai

teus ais quando cais sobre mim. ai. quero rasgar coco com dentes quando vejo-te despida. tua carne não é comestível não? ai quando teus pés dão a volta em volta de mim. tua garganta dita no martelo e na bigorna do meu ouvido, bobagens, bobagens, bobagens. ai. os poros jorrando, cabelos deitando e virando cortina de ti. viras, viras, viras o espelho para que acreditemos quando lembrarmos.

reveja julho de 2008

Quarta-feira, 2 de Julho de 2008 outra coisa Sou sombra, nuvem cheia e copo com água em cima da pia. Se deixar eu derramo, entorno. Quando encosto na cabeceira dura da cama é que me dá vontade de chorar baixinho. Bem baixinho. Meu cachorro uiva pra lua e eu olho pra ela e ela não me vê. Às vezes penso que ela é burra. - Né nada, minha tia Célia dizia. Isto é coisa de lua nova, quanto menos se vê, mais quer. Conheço pessoas que nunca foram na minha casa, que nunca ficaram perplexas ou paradas. O touro é que não gosta delas. Eu tenho uma dorzinha que me incomoda de vez em quando. Quando ela some de todo, eu a cutuco pra me ver vivo, loquaz, atendido nas minhas perdidas esperanças. Queria ter companhia pra chorar de noite, noite e dia, noite e dia, noite e dia. Chorar sozinho é bom quando não se quer companhia. Eu quero derramar aquele copo d'água inteirinho, mas na boca de quem não escuto a voz, mas sei que já chegou. Reconheço gente de olho fechado, se tiver perfume bom, se tiver um

reveja novembro de 2008

Quinta-feira, 6 de Novembro de 2008 suas coisas seu cabelo preso seus olhos semi fechados seu fluxo seu refluxo sua cor sua dança aos treze seus cadeados seus cds estragados sua crença seus músculos suas pintas seus relógios variados seus ouvidos seus gritos seus suaves exercícios seus alongamentos sua bronca sua sandália branca suas camisetas suas poucas palavras suas aulas seus pulos seu cabelo solto sua roupa rosa sua roupa verde sua boca seus olhos sua voz suas abelhas nossa bicicleta pra ir embora

não me assento

silencio. se me pedes. distancio. se tu ficas. denuncia. minha paixão. alivio. seu apresamento. copia. nosso destino. fútil. o amor.