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Mostrando postagens de junho, 2009

suspende

não acho que seja o bastante, para bastar, os instantes colocados (o meu sobre o seu). venha o corpo, venha a voz, vejo os olhos (partidos, enviados. aos pedaços compartilhados). sei do caber, do espaço que ainda há (mas, do outro lado cabendo, conterá?). lembro vagamente, (memória tenta o futuro), da viagem na serra onde ouvi a voz da infância (o passado nos contenta). falo vago, viajo ao som do que completa minha fala, me suspende... (suspiro)

luto

na noite, a chuva levantou os cheiros de memórias invisíveis. sobrepôs anos sobre o dia. não houve imagens que fizessem o descanso chegar. em vãos secretos deitou seus olhos. esperou as horas comuns dos trinta dias incomuns. lutou contra o luto falso. (no outro dia estava entre cristais, madrepérolas e sedas) (sentido perfeito, único, novo e prometido) junto mais palavras por sentir?

tempo?

e se viraram e não se viram por muito tempo. e se viram e se viraram por pouco tempo. e se viraram muito por pouco tempo. e por muito tempo viram que viraram um momento. por muito tempo.

romaneio

Passantes mãos em pianos mudos, com letras falantes que marcam a tela, mostram o som da voz distanciada, entre montes e serras, conquistando uma parte desidratada de mim. Longos dias, sem fim ou sem certeza, são os dias preenchidos, posições, promessas de línguas, fórmulas químicas. Inverdades ditas francamente, interessam aos similares. Dependo, defendo os momentos , diversas opostas. Quilômetros trazem-me, melhores momentos doados por alguém.

*bicicleta velha

bicletaaaa! recupera da dor! trás a flor... desacelera agora! tá frio? sinto nada! amar? não dá amor....

*não quero o tempo, todo

Eu nunca saberei, as paredes brancas, seriam limpas por estarem cheias de dedos pequenos? Eu não abrirei a porta, sabendo que é chegada a hora que tudo estará em torno. Suspender os braços para esperar, a chegada dos braços, em abraços que se tornam poros trocados. Nunca isto, não. Lidas as lidas, com fortuitas lidas, de minhas lida de descrever, a sua vontade que vem de mim. Não, eu não me caibo, não sou casto, não estarei compartilhando a palma da minha mão com ninguém. Perfume de noites claras, espiam o sofrer por não ter. Eu tenho o tempo, não queria tê-lo por tantos anos me fazendo companhia, tão certo, tão bem contado.

não, você.

Não te esqueço nem quando não tento Não te quero mais do que muito mais Não te vejo mais do que dentro de mim Não te espero há muito tempo daqui Não te beijo assim desde amanhã

algo de bom

quero algo de você em mim, talvez sua calma, sua voz calma, seu jeito de tocar minh'alma. quero seu azul do mar, o verde do campo de seu olhar, suas cores de todas as roupas. quero algo de mim em você, minha completa entrega, meus planos mirabolantes, meus amanheceres desde a noite. queria algo do amor em nós, algo de amar nas palavras, algo de completa ilusão.

j.b. de oliveira

teima mas não aposta. meu avô dizia. acho que foi dele que ouvi isto a primeira vez. e me disse mais, muito mais me ensinou meu avô jb. lembro dele sentado no sofá junto à luz do abajourt, em sua imensa sala de visitas, apartamento gigantesco no centro da cidade, lendo ou estudando. sempre foi assim e no final da vida, já sem poder ler por causa da vista, me chamava para falar de suas várias leituras de dicionários cheios de papéizinhos laranja, com anotações de erros e ausência de palavras que ele apontava com precisão. e, antigamente, lendo os filósofos gregos, em alguns casos no original grego arcaico, me falava da filologia e etimologia das palavras. quando me viu interessado em uma enciclopédia/dicionário, quando eu tinha pouco mais de 14 anos, imediatamente encomendou-o pelo correio. lembro de, ao abri-lo, e ver as bandeiras dos países reproduzidas na contra capa, ter um prazer enorme. ficamos eu e ele adivinhando o nome dos países em uma espécie de competição. meu avô ganhou. e

terra

Quem me dera ser, a terra, a sede de minha terra. Corpo. Que me fizera a chuva caudalosa? Braços. Quanto aos sons contínuos, Ouvir. O que daria ser, você, raiz da planta.? Abraços.

suã com arroz

Acordei e não vi nada seu Na noite anterior, não tive suas unhas pintadas, elas, marcando sua pele, a minha. Meus dedos fizeram letra, fizeram palavras, fizeram frases que enviei por aí. Acordei e meu corpo não tinha suor, seu. Meus olhos olharam em volta e não deram de cara com os seus. VTNC. Que horas saiu o avião que me atropelou? Acordei e pensei: onde está minha tabela periódica?

rio 1909

- não! eu não posso sobreviver sendo o tenente dilermando de assis! - mas você agora tem a esposa dele, anna! - sim! mas euclides da cunha, o seu marido, morreu! - então? - somente sou dilermando com euclides vivo!

on line no laptop

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valentine

e para os namorados neste dia? fodam-se! foder - (latim futuo, -ere , ter relações sexuais com uma mulher) v. tr. e intr. 1. Cal. Ter relações sexuais. v. tr. e pron. 2. Cal. Deixar ou ficar em mau estado, destruído ou prejudicado. Cal. foda-se : expressão designativa de admiração, surpresa, espanto, indignação, etc. Sinónimo Geral: fornicar

deste-me

desde a boca. desde o filme. desde o riso. desde o desdenhar. desde a madrugada. desde o pé. desde a cabeça. desde o coração. desde a solidão. desde a fome. desde a estrela. desde a imagem. desde o ilógico. desde o quando. desde o tanto. desde o quanto. desde o longe. desde a ausência. desde hoje. desde ontem. desde que não haja amanhã.

sensível

sara, sana, somos, sei, soma, santa, senta, sinta, some, sinto, sim, só, ser, sumo, suco, sorvo, solto, salto, seixo, sua, seu, sexo, sal, sou, sol, sabor, saber, saciar, saia, seco, simples, solo, soa, suave, sorrir, solto, sutil, saída. saco.

tentando

você tenta me adivinhar. você tenta me conhecer pelas frases. você tenta me tentar. você tenta me achar entre um sorriso e outro. você tenta se achar em si. você tenta se mostrar sem dor. você tenta se calar do amor. você tenta se tocar sem mim. você tenta não ser apenas se. eu tento, eu tento ser sem o corpo.

cabeção

gente! pirei! fiz um comentário fabuloso (!) em um blog! e publiquei em outro (!) alguém sabe onde? http://palavrasdeluna.blogspot.com/2009/06/o-que-e-feito-do-que-se-vive-quando.html

vento

era um vento. pequenino, bem pequeno. quase menina. era fêmea, o vento. era verde. e ainda.

falei

Quanto tempo eu tenho antes que descubra o quanto terei de você em mim? Isto! É isto que me faz suspirar mais alto, me faz sorrir sozinho, me dá vontade chegar mais tarde (o mais tarde). Engulo o dia pra sentir-me sentado, com os dedos postados em direção à você. Como é ter alguém tão distante, tão presente, tão ausente e tão dentro de mim? Quero já. Não o ainda não, não o não vou ou não vou voar. Não precisa de me tira, não precisa de mentira para me agarrar, não precisa precisar de mim. O tanto que quero deverá bastar. Quero a estória da história escrita sem ter que ser amanhã. Tenho ar somente para hoje. E quero respirar com você; à beira, sob, sobre, dentro, em, na, no, com. (esta é daquelas!)

boca

esta boca não é sua. é minha. é suja. limpa, vai. não deixe que discorra!

papos

Imagem
wall diz:   que mulher linda   assim   tipo... só pra observar... the unforgiven diz:   essa mulher linda é a greta   diva wall diz: aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii the unforgiven diz:   não gostou? wall diz:   tô sem aire the unforgiven diz:   pq? wall diz:   nada, nada, nada   nada é importante   sem greta   ela morava em new york, não é?   no fim da vida...acho que ela dizia...   “ please,” the unforgiven diz:   ah, detalhes da vida dela eu num sei wall diz: “me deixe sozinha”   e eu aqui sem dinheiro da passagem the unforgiven diz:   é ela mesma!!!   "I never said 'I want to be alon', I've said 'I want to be left alone', and that's all the difference"  wall  diz:   traduz aí...vai minha nêga the unforgiven diz:   hahahahaha   preguicinha   mas tá wall diz:   já fiz the unforgiven diz:   "Eu nunca disse "quero ser só", eu disse

raio x

não! não tire as partes óbvias, as coxas, bundas ou seios. não tire o revistar, o raio-x, o tridimensional olhar. nem as apalpadelas. não me prive à... não me tire elas!

poliédrica

estou te testando pra ver até onde estica. pra ver se você complica pra ver sua cinta liga. estou me inventando pra você ficar tentando me achar. estou aqui parado pra me sentir tentado com seu olhar. quero ficar também desconfiado encostado na parede com você por fora. escuto sua voz nestas musiquinhas que te mando me dizendo quase rouca "você...eu, eu, sou louca". estou me esquivando e pouco me lixando se ficar lógico pra você.

com fitar

sua certeza absolutamente correta, ancorou-me na verdade na qual sempre estou. apenas imagino se sua pouquíssima permissão por mim imaginada, seria toda assim mesmo ou parte da verdade desejada por mim. não poderia ser a verdade absoluta, escondida em sua vastíssima estória de fugas planejadas. contemplando as vestimentas preferidas pela estrela de toda minha vida, como diria o poeta itabirano, que também imaginou a pedra no caminho, pois é que, quando meus olhos fitam novamente sua beleza de cores iguais as escolhidas, refaço-me semipoeta, e encolhido dentro de uma paixão desmedida, como deve ser o reflexo de minha vontade de tê-la como a escolhida, tenho-me refeito da falsa vontade de que tudo por você sentido já tenha passado. e passado e pasmado, olho a mesma lua não mudada. e é como se uma semana apenas tivesse ultrapassado o peito. o coração, a fácil explicação e força de expressão de quem deseja o amor inteiro, por inteiramente entregue a alguém que tornará e tornará e tornará.

não era para ser agora

só é ruim quando paro de fazer...e então tenho que pensar... o acordar, pra vida desacelerada, me dói... me coloca extenuado ao lado dela... a vida... e o corpo diz..."a alma não suporta, descrê, enredada fica".