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Mostrando postagens de março, 2010
passo horas esperando a luz acender esperando a luz piscar passo dias esperando as letras negritas esperando a volta passo semanas esperando os passos na escada esperando o peso no corpo passo meses esperando a partida esperando a chegada passo anos passo anos passo anos

basta

Basta! Basta apenas que tudo seja do amor. A procura, o achar e perder. E me perdendo, me achar todo, completo, como se cheio. Me basta?

diferente

Já não poderia contar com a difernça para saber qual era a diferença que fazia-o sentir-se diferente ou diferenciado, já que agora não fazia diferença. Apesar que nele, a diferença era sentida sempre como sendo algo que fazia-o se sentir-se caminhando para algo que fazia sentido. Diferentemente de quase todo o resto das pessoas que caminhavam como ele mas não pensavam tal e qual. Estranho que não fazer diferença o perturbasse - pois que era diferente - então, que diferença fazia?

parece prece

o amor parece que tira a gente da guerra o amor parece que quer nos cercar o amor parece nos trazer palavras guardadas parece que aparece quando as coisas são más parece coisa de outro mundo que queremos estar parece lembrar sonhos que nunca acabaram parece nos fazer lembrar criancices o amor aparece e tudo é sim o amor aparece vindo de fora o amor aparece aqui dentro o amor parece que apareceu pra mim

amo

amo tanto e tanto que desconfio que seja portanto, apenas o viver,  amar.

vales!

vales... vales pelo que tu andas ou pelo o que vais andar? vales... vás à andar pelos vales ou vais à vau me passar? vales... tanto vales que tu não vais de mim. vales, tu vales.

quando?

quando TUDO dorme, meu SONHO some, minha vida PARA. quando a SUA voz dorme, meu grito INTERNO acorda.

estes esses

S de seu de sua de sou de suar de sacanagem de sono de sinto de sobe de sente de sinta de ser de só de sós de somos de sentar de sotaque de saborear de saudade de surtar de solidão de saber de sonhar de sorrir de somar de seguir de sublime de... (me socorre?)

Falta

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Não. Não é saudade. É falta. É necessidade básica. De ter ao lado, de esticar a mão. De deitar no colo. De sentir que tudo vai bem. Ou que ficará logo, logo. É uma raiva contida pela possibilidade e pela impossibilidade. De ser um dia possível e de ser hoje impossível. É a incompreendida alegria distante de mim. É parado e quieto com palavras para dizer. É estar só, e no entanto, ter tão presente que a ausência preenche, toma tudo, revela-se dona. É precisar o querer. É querer não precisar. É precisa a falta. Falta. E só.

23 dias

Acordei aos 23 do primeiro ano. Havia me sentido, até então, como se não houvesse amado nada mais profundo quanto um copo. Quando vieram os outros dias, e, sobre eles o complemento dos saberes e quereres, foi que nasceram as pontas dos dedos. E tudo que agora me alimento, é deste observar de espera, desta convicção de amante da profundidade que há de existir. Não gostaria de olhar ao longe, mas lá já estive, uma única. Meus braços se abriram ao abraço de tanto desejo, de tantas poucas horas, de tanto ouvires para entender, de aceitar melhor o tanto querer. Rogo aos olhos, ao olhar, ao seu observar, que se olhe do alto, bem alto, para serem vistos; o espaço a ser dançado, os ares para voar, as palavras para se ocupar. E quando for pedido o silêncio ou gemido, suores e movimento, se torne, não o tudo, não o nada, mas apenas nos tornem os dias, como aos 23.