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Mostrando postagens de junho, 2011

quatriste

tenho agora tantas dúvidas de mim mesmo que já não me animo. pergunta-me. pois se a resposta é vaga, a vaga vem e quebra a resistência. se a resposta é triste e sem esperança, é um vão a busca. e vão-se em volta os que não me escutam dizer; "vão embora!", "vão-se daqui de perto!". e soslaio o olhar para ver se aquele alguém não me ouviu, pensando ser com ela. tenho sorte de ser tão tímido, tão curta minha vista e tão distante meu horizonte, vertical curto. jaz feita a sorte. rarefeito por defeito de criagem. vão-se os dedos entre os dedos. sei que dedos são. sei! mas e as mãos? de quem são? me explico, quando mostro por dentro, por dentro, por dentro... não entendo. me sou só.

sorriso

ela já sorria antes, e agora ele que via. e viu tão bem, que sorriu junto. mas passou o tempo, e agora faz chorar. esqueceu que vira sorrir. olhou para si e viu, o choro já existia.

sensação

tenho a sensação de estar perdendo algo. a sensação de não ter mais, mais nunca. a sensação ruim de não fazer o que deveria. de não poder pedir perdão, de não ser ouvido nunca mais. nunca mais da mesma forma.

apenas amar

eu queria apenas amar apenas isto, amar. nada mais. em tudo. te amar.