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Mostrando postagens de abril, 2010

seu alfredo

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"Seu" Alfredo passou os dedos, polegar e indicador, na aba do chapéu. Saiu de casa com a certeza que estava abafando, como se diz em Minas. Quando chegou na casa de Cristina, parou em frente ao portão de ferro e o abriu com um resoluto empurrão com o pé. Passou por entre as folhagens do jardim, encaminhando-se por um corredor longo e estreito. Tomou cuidado para não se encostar nas paredes. Não queria resvalar seu paletó branco nas paredes. Ao fim do corredor, um quintal com algumas mesas e cadeiras, de ferro como de um bar. Esperou, parado, que alguém prestasse atenção em sua chegada, mas ninguém sequer virou-se para vê-lo. Apenas um cachorro, "lincou-se" com um olhar que lhe pareceu de desprezo. - Os cachorros são assim mesmo, pensou Seu Alfredo. Tentou fazer um barulho tímido para chamar atenção. Arrastou o pé no chão, como um raspar de garganta.  O pandeirinho que trazia consigo tocou em suas perna esquerda e duas crianças que estavam por ali, olharam...

qualquer

qualquer palavra ou olhar servirá... qualquer silêncio ou olhos fechados dirão quaisquer abraços, nos meus, nos seus, estarão...

perco

perco tempo. perco no tempo amando. perco tempo não amando.