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Escrito por Xico Sá às 15h58 21/05/2011 FOLHA DE SÃO PAULO Como observar a pessoa amada quando dorme Sábado é dia de murchar a bola do realismo aqui neste pedaço e ser, em outras palavras, muuuito romântico. Quem sopra o mote é o velho escritor Alberto Moravia, o comuna mais lírico do mundo, sempre aqui na cabeceira: "Amar, além de muitas outras coisas, quer dizer deleitar-se na contemplação e na observação da pessoa amada”. Está certo o romano e tem como avalista outro gênio, o recifense Antônio Maria -o grande cronista que aparece com ciúmes até dos apresentadores da tv no livro da Danuza: "Um homem e uma mulher jamais deveriam dormir ao mesmo tempo, embora invariavelmente juntos, para que não perdessem, um no outro, o primeiro carinho de que desperta." Experimente você também, sensível rapariga, vê o seu homem quando dorme. Há uma beleza nessa vigília que os tempos corridos de hoje não percebem. Amar é... vê-lo(a) dormindo. Como aí na ilustração picassi...

reveja novembro de 2008

Quinta-feira, 6 de Novembro de 2008 suas coisas seu cabelo preso seus olhos semi fechados seu fluxo seu refluxo sua cor sua dança aos treze seus cadeados seus cds estragados sua crença seus músculos suas pintas seus relógios variados seus ouvidos seus gritos seus suaves exercícios seus alongamentos sua bronca sua sandália branca suas camisetas suas poucas palavras suas aulas seus pulos seu cabelo solto sua roupa rosa sua roupa verde sua boca seus olhos sua voz suas abelhas nossa bicicleta pra ir embora

os tais

onde? onde estarão os seres amenos? os que queremos ao lado. estarão em algum lugar especial para eles? talvez estejam dentro do vidro de figos que Tia Corália fez. ou devem se encontrar, e, se sentando em cadeiras de madeira, falam de mim. e de você. riem-se, como meninos e meninas levadas, e se escondendo de nós, plantam seus sorrisos belos, suas palavras queridas, suas faces tão belas, em terras cultivadas por nós. talvez estejam na lombada seguinte da estrada. conheces? nos olham distante, não vemos se nos vêmm. quando se deitam, olhamos seus corpos verticais, colocando seus cabelos por trás da orelha. são meros os meus. são manada, estas crianças, tranquilos são, os que comem, os que escolhem os sais, os tais, os quais.