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E mais

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Queria ter as portas fechadas, travessas nelas passadas. Queria ter o vento soprado, atravessado os ouvidos. Quero ter o pouso suave, a sustentação de meu peito. Quero ser o verso, a calma, a admiração sem pressa nenhuma. Quero apenas uma, uma minha, sua calma. Quero o susto viver, e virar-me, e te ver. Quero apenas tudo do nada, nada. E mais.

preguiça

tenho preguiça da discusão partida da alma convencida que uns valem, outros não. há pena em mim. ah! pena que sempre. por isto a preguiça. tenho a preguiça dos esforços em pensar pouco, em pensar demasiado devagar, em pensar muito. tenho preguiça de ter preguiça de manhã, e saber que poucos vão se esforçar, que ninguém vai reparar se esta merda feder. tenho a preguiça como alvo, pois nunca notam que a seta tem que "dar", que garagem não é para parar, que quem vai na frente pode ir devagar. tenho preguiça da tv, de criticar tv, de criticar jornalismo, de cobrir pela internet, o mundo todo em minutos. tenho peguiça pois tudo parece igual. tenho preguiça de casamento, de aniversário, de comemoração. tenho preguiça de perguntar de quem é a festa. todos vão ficar no outro dia com preguiça de trabalhar. isto dá uma preguiça. preguiça de votar, de acompanhar, de resmungar, de sair nas ruas e gritar. tenho preguiça. tenho preguiça de me envolver, tenho preguiça de querer, tenho pregu...

fronte

defronte do que você tem, defronte do que você vê, coloco-me dentro de onde está. debruço-me nas coisas que você observa, olho para o que você quer ter. deito-me esperando a volta, sua volta, de suas ganhas lutas, suas justas. sorrio sabendo que à sua espera, estou eu. durmo tranqüilo meu amor, seus sonhos sãos, meus são.

envolto

Às vezes, sangue. Muitas vezes, água. E, estes, esvaem, deságuam e desandam sem parar. E tomam os caminhos abertos, que em curvas parecem que não vão. Mas nunca ficam parados, transbordariam no seu incessante. E nas bordas, sangue e aguaceiro, convertem palavras em amor. Em amor de rio cheio, vida, verbo de ser. Ver desde a margem é paixão fulminante. É chamada para mergulhar. E levando consigo, para sempre, o que já não é meu, congela o sorriso na felicidade.

algo de bom

quero algo de você em mim, talvez sua calma, sua voz calma, seu jeito de tocar minh'alma. quero seu azul do mar, o verde do campo de seu olhar, suas cores de todas as roupas. quero algo de mim em você, minha completa entrega, meus planos mirabolantes, meus amanheceres desde a noite. queria algo do amor em nós, algo de amar nas palavras, algo de completa ilusão.

já vais?

assim como estou, eu digo sim. talvez nem tenha tempo, jaz com o tempo que não tem. e já, que tens a doença, eu tenho a cura. mas, por favor não me curra, a minha insistência de ser.