Postagens

Mostrando postagens com o rótulo paixão

não te vejo

como explicar o inexplicável? como dizer te amo, estando tão longe. sinto arcos e mais arcos me prendendo, e me dizem: sepultado! sepultado! como crer depois de tanto tempo? como não crer em tanta solidão? quero crer, mas não te vejo.

rio

O rio flui para as montanhas Meu amor te espera

basta

Basta! Basta apenas que tudo seja do amor. A procura, o achar e perder. E me perdendo, me achar todo, completo, como se cheio. Me basta?

fronte

defronte do que você tem, defronte do que você vê, coloco-me dentro de onde está. debruço-me nas coisas que você observa, olho para o que você quer ter. deito-me esperando a volta, sua volta, de suas ganhas lutas, suas justas. sorrio sabendo que à sua espera, estou eu. durmo tranqüilo meu amor, seus sonhos sãos, meus são.

você? eu!

eu me deito em você, eu me transbordo em você, eu me raspo em você, eu me desdobro por você, eu me calo e me falo pra você, eu me enrolo em você. eu me amo em você, eu muitas vezes saio de você eu me encontro com você e em você, eu acho que acho em você, eu me molho todo pra você, eu me paro para você, eu me acordo e concordo em amar você, eu me vejo ao me deixar quieto ao ver você, de fora, de dentro de mim, por mim, por você ou por nós, eu me sou em você...

como?

é. discuto sim! como posso concordar que com a certeza venham juntas as incertezas? como, depois do tempo corrido o tempo pareça tão lento? como, depois de desejar, deseje que não sinta tanto? como pode, a entrega total, parecer abuso de confiança? como posso ser inútil ao me descobrir útil? como pode ser real, se desde o início parecia sonho? como sonhar se a realidade bate a porta? como não amar? como não não querer? como não ir? como não ser o meu todo ser? como não ser por você?

quanto mais

Quanto mais próximo do impossível , mais invade-me o desejo de ser tudo. Assim tenho inteiro, o sentido das coisas que me fazem ser completo, a esperança de viver totalmente daquilo que me sempre moveu. É esta paixão , esta coisa absoluta, absurdamente viva, que quando permitida, vorazmente nos engole. E em troca de ser alimentada, suspende no ar os que vivem poucos anos. Mas tanto vivem, que os anos não existem. Quero-a, desejo-a, amo-a, e ser tanto assim, por tão pouco tempo e há tão curto tempo, que minhas vontades, minhas vidas, junto-as e entrego, me dou para conhecer as suas. Acompanho-a, minha, por estar em tão grande vontade de viver e de ser este ser que cria, pensa, vive e observa.

penha

Guardar o resto dos verbos para que seja entregar, em mãos. Às tuas, sou teu. Em olhar-te nos teus grandes, encimados por duas negras curvas, chamam-me. Entregue-me ao riso, os teus, que fazem os meus. Derramo-me à sua frente, agacho-me, beijo-te os lábios. Tu sabes a sede, aonde será minha coberta, o cruzar das pernas, a coluna que não suporta o corpo, mas a ti. sim! Mente, mente... ah! a mente... Diga-me se a verdade desce a penha, à segurar pelos dedos a vontade do voluntário para o amar. Sustenta-me na palma de tua palavra, a não dita. Sigo-te por entre ti, volteio ao seu redor, encontro-me por buscar-me com tão grande entrega. Sou preso em ser liberto para te admirar. Guardo ainda o verbo encontrar.

envolto

Às vezes, sangue. Muitas vezes, água. E, estes, esvaem, deságuam e desandam sem parar. E tomam os caminhos abertos, que em curvas parecem que não vão. Mas nunca ficam parados, transbordariam no seu incessante. E nas bordas, sangue e aguaceiro, convertem palavras em amor. Em amor de rio cheio, vida, verbo de ser. Ver desde a margem é paixão fulminante. É chamada para mergulhar. E levando consigo, para sempre, o que já não é meu, congela o sorriso na felicidade.

entretantos

Se pudéssemos além, e não apenas o dizer-nos? Enchermo-nos de zelos, se pudéssemos, em nossos termos, ter-nos. Ser o tanto, tanto que fosse, sem o entretanto.

fome

Eu tenho isto em mim. Esta coisa inexplicável. Um sentimento que vem e vai. Às vezes sinto como se o passado não fosse possível ter vivido. A saudade é tão grande, tão forte a força com que vem, que literalmente o coração para. Às vezes o querer é demais. É querer uma tarde calorenta, suor de sexo, de paixão , de não querer saber se outro dia vem. Ou se outra tarde se foi. Tardes silenciosas com olhares cúmplices com motivos iguais em tudo. Fome.

verde

verdes. e ainda, verdes. ver-te verte paixão. verde, maduro, duro. dura.

não, você.

Não te esqueço nem quando não tento Não te quero mais do que muito mais Não te vejo mais do que dentro de mim Não te espero há muito tempo daqui Não te beijo assim desde amanhã

rio 1909

- não! eu não posso sobreviver sendo o tenente dilermando de assis! - mas você agora tem a esposa dele, anna! - sim! mas euclides da cunha, o seu marido, morreu! - então? - somente sou dilermando com euclides vivo!

valentine

e para os namorados neste dia? fodam-se! foder - (latim futuo, -ere , ter relações sexuais com uma mulher) v. tr. e intr. 1. Cal. Ter relações sexuais. v. tr. e pron. 2. Cal. Deixar ou ficar em mau estado, destruído ou prejudicado. Cal. foda-se : expressão designativa de admiração, surpresa, espanto, indignação, etc. Sinónimo Geral: fornicar

falei

Quanto tempo eu tenho antes que descubra o quanto terei de você em mim? Isto! É isto que me faz suspirar mais alto, me faz sorrir sozinho, me dá vontade chegar mais tarde (o mais tarde). Engulo o dia pra sentir-me sentado, com os dedos postados em direção à você. Como é ter alguém tão distante, tão presente, tão ausente e tão dentro de mim? Quero já. Não o ainda não, não o não vou ou não vou voar. Não precisa de me tira, não precisa de mentira para me agarrar, não precisa precisar de mim. O tanto que quero deverá bastar. Quero a estória da história escrita sem ter que ser amanhã. Tenho ar somente para hoje. E quero respirar com você; à beira, sob, sobre, dentro, em, na, no, com. (esta é daquelas!)

descolorido esperando a lua

como irreal é a busca em um ponto de norte a sul, leste a oeste. por cima ou debaixo da coberta não encontro tanto sossego, coberto estou de sonhos. acordado. sem acordo vi olhos e chinelos indo e deixando tudo sem saída, eterno, estrada comprida, fila sem fim. desalento. preguiça. aceite por ódio, matança, desfiliação, mas sem compreensão, sem entendimento, sem trocados de palavras, sem discusão, nem dircurso curto, sobreviver apenas por bobo. aliás por enganar o ser, escrevendo, lendo, comentando as mesmas dores, do pisão no rabo sem ponta. exterminar o sentimento, sentindo tudo, caroço na mão, dor no cotovelo, apoio de cabeça pesada e mais motivos. ai! não querer dor é fácil. tê-la mais ainda. sempre tem alguém que me dá uma dica!

enfim

ontem eu beijei sua boca. foi um sonho!

nem eu

oferta na feira da vida, ela não vira, não olha, não aceita. é muito barulho, vozes iguais, roucas, agudas, enlouquecidas palavras. ritmo igual para todos os saídos de universidades, internatos rurais, escolas dominicais. onde dividir a escolha, o caminho, as pessoas, diferenciar o que é meu ou do outro. oração, reza, zen, medito, penso, filosofo. filósofos, pastores, padres, mestres, quem são os indicadores perguntam todos. onde? qual o caminho seguir? qual sacrifício? nenhum? por quem? a face dos irmãos são parecidas demais. tornam-se mais comuns que os outros. esta pele nórdica, estes olhos, céus! este texto perdido, lembrando-me, por onde fui?

fontes

apertado em imensos lugares largos, mergulho em águas doces passadas, lua voltada para o direito reescrito de meigamente deitado e cuidado por palmas abertas sobre cabeça. guarda de palavras discricionárias do ser surpreendente com tempos vindos agora e de porvir. lembretes desdobrados pelos gelos contidos nos ventos trazidos, traduzindo o passado despercebido com étereos motivos de serem novamente vividos. mostra testa. lenço solto. ave noturna em beira de rio da memória resgate. espaço ocupado. todo. toda.