"Sou triste, quase um bicho triste E brilhas mesmo assim Eu canto, grito, corro, rio e nunca chego a ti" Caetano Depressão na pista. Símbolo que me incomodava, palavra que me acha. Depressão em mim, não é tristeza. Ela, eu expulso, assim como todo pensamento. Tristeza vem e até gosto do sabor. Alguma melancolia com a chuva caindo devagar, nas gotas barulho eterno. Todas elas se parecem, todas me fazem lembrar. Depressão não depende de mim, de você, de ninguém. Ela vem se acomoda o dia, acomoda a noite, me acomoda. É tão forte que a força que existe é somente dela. E deito, durmo, muito. A depressão me enche de esperança todos os dias; de acordar ou dormir sem ela, com algo que me diga que tudo será diferente. A depressão em mim me despedaça e cola tudo em cacos pequenos, em partes que nunca estão juntas, não se colam não se merecem não se importam uns com outros. Não há ânimo, nem desânimo. Não depende de nada e depende de tudo. E tudo