Põe aqui as armas que usou.
Arrancou a poesia de dentro dele e a segurou no alto da cabeça. Foi carregando aquela coisa pelas ruas sem preocupar se ia secando ao longo do caminho. Enquanto ele vencia os dias, mais seus pés ficavam menores quase já chegando em suas canelas. Afundava. Sentou na sombra da noite e chorou aos pés da musa e pediu um novo calcanhar. A musa entregou, ele gostou, um cotovelo quebrado, um crânio partido e ainda lhe lacerou os dois joelhos. Abriu seus olhos tão de repente, a musa faz e desfaz, que nem deu tempo, apesar do tempo que já estava ali, para sorver toda luz amarela que entrou. Sua pele esquentou abaixo de seus olhos, a boca travou. Agora estava pronto. A respiração ainda era a mesma, a esperança queria ir embora rapidinho dali, pra que ele pudesse ir atrás.
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