Sinto muito frio ultimamente, principalmente quando abro a porta do seu coração. Coragem me falta é de esquecer você e partir, descendo as escadas da torre em que estás. Escrevo cada vez mais próximo do real, é este o perigo atrás de mim, me acompanhando, pisando em meu calcanhar. Eu, todinho Aquiles, corro de acordo com a ordem, mas o quero mesmo é me atirar nos pés da Deusa e tocar em seu ponto mais sensível, que sou eu. Aguça-se em mim o instantâneo de uma voz que não reconheci como sendo a sua, mas as palavras sim. Revelou algo que jamais veria sem me abaixar e me revelar; você estava lá e pronta. Para ferir na nuca, sem se mover, sem som, com as ordens dadas. Move-se na sombra que meu coração exposto faz e não conheces o efeito desproporcional de tanta força.
gasolina
ele chegou e a viu com uma lata de gasolina na mão e na outra, fósforos. olhou em volta e viu três ou quatro caixas de papelão. reconheceu seus livros e outras coisas. olhou para ela e pensou em perguntar "onde está o disco do pixinguinha?" antes que dissesse, percebeu seu olhar blasé. ela disse: - você vai falar alguma coisa?
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