ainda
os olhos em minhas costas, imaginação,
levaram-me a escrever trezentas cartas, duas poesias, quatro contos curtos.
onde conto o gasto do tempo; dezesseis horas no máximo e no mínimo,
o choro compulsivo e obsessivo por alguém que queria a mão na nuca,
o agachado ao lado.
era pouco.
mas era o muito que queria,
fazia o sentido parecer ser todo o sentido da vida, naquele momento.
era.
pelos olhos, pela vontade, que pensava ser igual,
que foram vistos juntos em bares, em vales, serras, cachoeiras. em camas nunca.
não houve tempo, o chão via as roupas e as paredes e móveis receberiam os corpos.
e as janelas? fechadas, cortinas abertas; para o ar não entrar,
os cheiros não saírem e os olhos, de alguns, verem:
o único momento que eram tudo, todos, o mundo, a vida.
sair e ter uma vida normal, depois de serem o mesmo ser, parece simples demais. mundano demais. tem que ser diferente.
então abro os olhos.
imaginar-te é ainda uma vergonha, uma tristeza de amanhã, já hoje.
desde ontem.
deve-se ao sofrido, meu sofrimento?
devo render-me silencioso ao que chamo de "não sei"?
conhecida por muitos, quase trezentos e cinqüenta, não a conheci, nem reconheci quando disse nada.
nada.
algo que precisamos, alguém que queira dá-lo.
alguém que queiramos dar-nos.
não sei. ainda não sei.
certezas de dúvidas que depois, de anos, se esquece, se desdenha.
arrumas outras. outra.
ou a mesma.
levaram-me a escrever trezentas cartas, duas poesias, quatro contos curtos.
onde conto o gasto do tempo; dezesseis horas no máximo e no mínimo,
o choro compulsivo e obsessivo por alguém que queria a mão na nuca,
o agachado ao lado.
era pouco.
mas era o muito que queria,
fazia o sentido parecer ser todo o sentido da vida, naquele momento.
era.
pelos olhos, pela vontade, que pensava ser igual,
que foram vistos juntos em bares, em vales, serras, cachoeiras. em camas nunca.
não houve tempo, o chão via as roupas e as paredes e móveis receberiam os corpos.
e as janelas? fechadas, cortinas abertas; para o ar não entrar,
os cheiros não saírem e os olhos, de alguns, verem:
o único momento que eram tudo, todos, o mundo, a vida.
sair e ter uma vida normal, depois de serem o mesmo ser, parece simples demais. mundano demais. tem que ser diferente.
então abro os olhos.
imaginar-te é ainda uma vergonha, uma tristeza de amanhã, já hoje.
desde ontem.
deve-se ao sofrido, meu sofrimento?
devo render-me silencioso ao que chamo de "não sei"?
conhecida por muitos, quase trezentos e cinqüenta, não a conheci, nem reconheci quando disse nada.
nada.
algo que precisamos, alguém que queira dá-lo.
alguém que queiramos dar-nos.
não sei. ainda não sei.
certezas de dúvidas que depois, de anos, se esquece, se desdenha.
arrumas outras. outra.
ou a mesma.
Comentários
:**
Que chegou no tempo certo.”
Victor Hugo
Tenha uma semana maravilhosa.
Abraço
Sônia
ou a mesma. "
Quase nunca muda.
Comigo deu certo rs.
Beijundas ^^
Ou só as disfarçamos.
Beijo!
Adorei receber seu carinho em meu jardim... espero que tenha trazido consigo flores frescas e seus perfumes...
Aqui tudo é lindo!
Um grande abraço
da rosa amiga
Iana!!!
Toco-te e sinto-te a percorreres o meu corpo falando uma linguagem só nossa.
Mergulho em ti e paro o tempo.
Encontro o meu porto de abrigo, o meu refúgio, o meu lar.
Sou feliz.Só. Assim me sinto no nada em que me encontro.
Respiro. O oxigénio alimenta e liberta a minha raiva, a minha dor.
Só. Um vazio enorme que me engole, consome, devora.
Escrevo. Solto todas as amarras que me prendem e estrangulam.
Só. Não o estou mas sinto-me, perdida no eu infinito que despertou e, inclemente, reclamou como sua a realidade em que me insiro.
Choro. Lavo a mágoa que me marca e fecho a ferida aberta no recanto escondido do meu coração.
Só. Vivo.