presente
Não é somente o basta que não completa o que me resta. É o interesse egresso do que fui neste tempo. Me enchem as cheias e as meia luas, precursoras de luz ausente. Metade de escuridão do outro lado que me vejo posto. É a certeza do certo sobre o errado. Tampando o possível, o imaginário, o abstrato e temporal tempo eterno. Enquanto dure, enquanto em mim, em quanto ficaria as custas de ficar também aí. São estas falas que me fazem pertencente a ti e ao tosco esboço de relacionar isto com um sentimento de um par. Lá também estão juntas as almas de quem não é meu nem seu; o campo do sonho, do futuro limpo. Tênue pensamento, profético ato de ver o nosso, com o de outro que também sonha. Resta o que me resta, para me bastar, para trocar de memória, de parar o olhar pra frente. O ausente está presente claramente, lindamente, eficazmente verídico. O real me assola, me enche de completo desastre, inevitável preenchimento. O soslaio me convence.